Adapte-se Primeiro: Estratégias para se Antecipar ao Futuro

Como ganhar velocidade para mudar? 

O especialista em processos de mudança Ichak Adizes, em seus estudos e experiências com grandes corporações e governos, sempre defendeu que as organizações que apenas se adaptam às mudanças sobrevivem apenas no curto prazo. Elas acabam sucumbindo ao longo do tempo se não implementarem processos coesos e integrativos voltados para a inovação de seus modelos de negócios.

Para enfrentar a burocracia e retardar os efeitos de envelhecimento das companhias, é essencial que a liderança tome decisões proativas no enfrentamento dos problemas decorrentes desses riscos. Isso inclui analisar cenários, realizar diagnósticos e prognósticos e reconhecer que a companhia não pode permanecer onde está. Realinhar estruturas operativas e de gestão com as novas estratégias é fundamental para a transformação empresarial.

Vivendo em tempos da era da informação, que traz muito mais incertezas do que respostas e estabilidade, a transformação digital é mais do que uma estratégia a ser adotada: é uma necessidade para que as entidades se mantenham competitivas e relevantes em um mercado cada vez mais desafiador.

Nesse contexto, ao trazer nossa análise ao cenário atual de sustentabilidade dos institutos de representação – associações setoriais, sindicatos e outras coletividades de defesa de interesses – estas enfrentam o desafio de se adaptar e se reinventar diante dos reflexos da própria crise econômica advinda dos novos requisitos de custeio e financiamento de suas atividades, das novas demandas e expectativas dos empresários na representação político-institucional, além dos ajustes necessários nos seus portfólios de prestação de serviços úteis para as empresas.

Uma liderança inspiradora e eficaz é essencial para transpor essas mudanças e garantir a competitividade e relevância dessas organizações. Aqui estão os principais pontos a serem considerados para transformar o planejamento em execução bem-sucedida:

Reavaliar constantemente o modelo de negócios e todas as tendências econômicas, institucionais, legais e tecnológicas que afetam o setor e a representação. Estabelecer um Observatório, permite as associações se anteciparem às mudanças de cenários e eventuais demandas de novos serviços, concorrência ou alterações de legislação. Esta providência deve ser permanente e servirá na tomada de decisão para reconfigurações de processos de negócios visando a manutenção da competitividade das entidades.

Desenvolver uma gestão estratégica focada em resultados é crucial. Utilizar ferramentas de análise de dados com indicadores de desempenho permite medições para avaliar qualidade, eficácia e eficiência nas operações, criando proposições de ações corretivas quando necessário.

O planejamento estratégico deixa de ser um instrumento estático e documental para tornar-se uma bússola orientadora no alcance das diretrizes institucionais, metas e resultados, servindo como monitoramento permanente e ágil para auxiliar na resolução de problemas e redirecionamento de planos e ações da organização.

A transformação digital para associações empresariais não tem a ver somente com tecnologia, mas sim uma escolha entre sobreviver ou não. Neste quesito, cinco componentes-chave fazem parte do novo dia a dia de fazer negócios: clientes, competição, dados, inovação e valor. Investir em conhecimento e ferramentas de Machine Learning e IA (Inteligência Artificial) promoverá a cultura da inovação – tanto interna quanto entre os associados – impulsionando eficiência e capacidade de resposta a demandas advindas de processos inovativos e de mudanças de mercado.

A promoção de capacitação empresarial para requalificação em competências específicas para os novos requisitos de negócios é fundamental para o desenvolvimento dos associados, seus colaboradores e demais stakeholders do sistema. Um dos desafios na jornada de aprendizado desta nova era é a educação continuada e permanente (lifelong learning), que oferece conteúdo para desenvolvimento de capacidades e saberes em atualizações sobre gestão, processos, inovação, liderança e negociação como forma de assegurar que profissionais e lideranças permaneçam competitivos e bem-preparados para os desafios do mercado.

O exercício da representação empresarial – Relações Institucionais, Governamentais e Advocacy – é o processo que gerencia as diversas etapas e ferramentas de trabalho para a defesa de interesses coletivos e do fortalecimento da competitividade sistêmica do setor. O objetivo final é que os pleitos e planos de ações de defesa de interesses junto a todas as esferas de governo – Federal, Estadual e Municipal – sejam direcionados na formulação de políticas e legislações que facilitem e favoreçam o ambiente de negócios.

Estabelecer parcerias e complementações de competências com diferentes instituições, seja no âmbito público ou privado, potencializa a ação das associações. Tais parcerias contribuem para expandir a rede de relacionamentos e abrir caminhos para a troca de saberes e recursos, resultando em benefícios mútuos para todos os participantes.

É imperativo para a sustentabilidade financeira das organizações criar estratégias eficazes para atrair e reter associados e melhor gerir recursos físicos, financeiros e intangíveis (marca, imagem e reputação). Ao oferecer benefícios exclusivos e serviços de alto valor agregado, é possível manter associados engajados e satisfeitos, garantindo a continuidade do apoio à organização.

Para além disso, é fundamental estabelecer uma comunicação institucional e de marketing clara, transparente e eficaz com os membros, stakeholders e sociedade. A utilização de mídias e plataformas digitais abre canais importantes de escuta e relacionamento com os associados, facilitando a disseminação de informações relevantes e criando um maior engajamento e senso de participação.

Adotar boas práticas de governança e compliance são pilares essenciais para cultivar a confiança dos associados. Práticas sólidas de transparência, publicidade, excelência em gestão e prestação de contas garantem a integridade da organização e promovem um ambiente de confiança e respeito mútuo junto a todos os representados.

Adotar os pilares do ESG (Environmental, Social e Governance) como princípios para práticas sustentáveis e promoção da responsabilidade social corporativa são também essenciais para a reputação e a longevidade das associações. Além de contribuir para um mundo melhor, essas práticas atraem associados e parceiros que valorizam a sustentabilidade e a ética nos negócios.

Em síntese, liderar uma associação empresarial em tempos de mudança exige uma combinação que vai além da tríade, planejamento, inovação e execução eficiente. Exige também a prontidão e velocidade para implementar novos rumos. 

Ao ampliar este escopo de planos e ações, as entidades podem não apenas sobreviver, mas prosperar em um mercado dinâmico e de muitas oportunidades. A liderança eficaz transforma estratégias em ações de prática, garantindo assim, que estas organizações estejam preparadas para enfrentar o futuro com confiança e solidez.

A Madi Consultoria é especialista em implementar soluções voltadas para a competitividade, governança, compliance e políticas públicas para entidades empresariais. Com uma abordagem personalizada e foco em resultados, oferecemos o suporte necessário para que sua associação se destaque no mercado. Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar a transformar o futuro da sua organização.